sábado, 28 de abril de 2007


O amor, como só ele consegue ser! Inócuo, mas voraz, pacífico mas irrequieto, ímpar mas volátil!! Um sentimento tão nobre quanto algum outro, e ao mesmo tempo tão proscrito pelo homem.

Porquê essa recusa da entrega passional, porquê esses calculismos débeis, onde paira a razão de tanta indecisão em amar??!! Amar apenas, sem amanha, sem ontem, sem hoje! Um paradoxo temporal, que nos guia para paisagens sedutoras de calor e ternura incomensuráveis.

É nessa realidade virtual em que me encontro, que sossego a minha alma, e meu coração repousa nesse regaço ténue, fugaz mas acolhedor! Com um calor tão intenso que pela nudez, nenhuma brisa me transtornaria……

Ahhhh!!!! Como é bom sonhar, contemplar mais alto, os nossos desejos realizados, definidos numa paisagem cromática, de tons acetinados, de toques aveludados e de aromas dóceis… esse pequeno oníris ao qual eu não almejo nem pretendo acercar, pois o meu destino não foi esboçado com tal fadado êxtase!

Limito-me a dar-me, mas entregar-me apaixonadamente, a cada ser que de mim se aproveita, até me achar inútil, e com uma pancadinha nos ombros, e um beijo ardiloso, me relega para a estima… como é feio mentir, enganar quem só tem amor no coração!!!

Na vida, como em tudo, somos produtos das nossas escolhas!! Eu escolhi ser galante, porque quando elevar os meus olhos, depois de cada mossa na minha alma, direi: “eu tentei, com todas as minhas forças tentei, mas ninguém me ouviu”!!

Amo porque é o que sei fazer melhor, entrego-me porque é a minha forma de amar!!